• HOME
  • O ESCRITÓRIO
  • EQUIPE
  • ATUAÇÃO
    • DIREITO PENAL
    • COLABORAÇÃO PREMIADA E ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL (ANPP)
    • COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL EM MATÉRIA PENAL
  • PUBLICAÇÕES
    • IMPRENSA
    • ARTIGOS
    • ACADÊMICAS
  • CONTATO
  • HOME
  • O ESCRITÓRIO
  • EQUIPE
  • ATUAÇÃO
    • DIREITO PENAL
    • COLABORAÇÃO PREMIADA E ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL (ANPP)
    • COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL EM MATÉRIA PENAL
  • PUBLICAÇÕES
    • IMPRENSA
    • ARTIGOS
    • ACADÊMICAS
  • CONTATO
Categorias
  • Acadêmicas
  • ACADÊMICAS
  • ARTIGOS
  • IMPRENSA

CONJUR | AS CPIs E O RESPEITO ÀS GARANTIAS FUNDAMENTAIS DO ACUSADO

Texto original publicado no CONJUR. Acesse AQUI.

 

Com o advento da CPI da Covid, possivelmente a mais relevante comissão parlamentar de inquérito das últimas décadas, reascendeu o debate sobre a necessidade de se garantir os direitos fundamentais do acusado frente a este peculiar órgão de investigação.

As comissões parlamentares de inquérito, na disciplina da Constituição Federal, são órgãos de investigação com poderes típicos das autoridades judiciais que têm como finalidade investigar fatos certos e por prazo de determinado.

São instauradas, no mais das vezes, para apurar fatos com repercussão política, como crimes de responsabilidade praticados pelo Presidente da República ou por indivíduos do alto escalão do Poder Executivo, mas sempre com repercussão na esfera criminal.

Sendo assim, em razão de suas atribuições, possuem amplos poderes investigatórios, podendo inquirir testemunhas, realizar diligências e determinar a quebra de algumas formas de sigilo, como o sigilo bancário e fiscal.

Na realidade, os poderes são tão amplos que são limitados apenas pela denominada reserva de jurisdição, que é a limitação constitucional que incide sobre determinadas espécies de restrição da liberdade individual, como a busca e apreensão domiciliar, a quebra de sigilo telefônico e a decretação da prisão cautelar, que somente podem ser decretadas por juiz competente.

Além disso, as comissões parlamentares não são “órgãos investigatórios comuns”, mas órgãos investigatórios de natureza política e parlamentar, o que faz com que, no mais das vezes, a estratégias investigatória não seja orientada pela objetividade na obtenção da prova, mas sim por interesses políticos, legítimos ou não.

E esses interesses políticos algumas vezes se manifestam numa ânsia persecutória que acaba por violar as garantias dos indivíduos que estão submetidos aos escrutínios da comissão.

Se por um lado a comissão tem de alcançar seus objetivos investigatórios, por outros, os indivíduos que ali são ouvidos, como testemunhas ou acusados, têm direitos que devem ser preservados, entre eles o denominado direito ao silêncio.

E esse direito ao silêncio nada mais é do que a garantia constitucional de que o indivíduo, submetido a investigação de qualquer natureza, possa se manter em silêncio, ou até mesmo mentir, de forma a não participar ativamente da colheita de provas que podem o incriminar.

E o exercício do direito ao silêncio não depende da qualidade do depoente, já que mesmo as testemunhas podem se valer dessa salvaguarda constitucional quando foram autoras de uma conduta criminosa. É direito consagrado na “letra da Constituição” e na jurisprudência dos Tribunais, mas pouco respeitado pelas comissões parlamentares de inquérito, especialmente no âmbito federal.

Com efeito, durante o exercício de diversas comissões parlamentares de inquérito, como a do Banestado, e a mais recentemente na da Covid, investigados ouvidos como testemunhas foram presos em flagrante pela prática do crime de falso testemunho porque calaram a verdade ou mentiram. Uma grave violação aos direitos fundamentais.

A CPI da Covid é de extrema relevância, é o momento de se produzir provas que podem culminar no impeachment do inábil presidente Jair Bolsonaro e, a depender do caminhar, até mesmo na sua prisão. Porém, esse anseio punitivo não pode conduzir à violação de garantias fundamentais do acusado, sob pena de deslegitimar e até mesmo invalidar o próprio trabalho da CPI.

Certamente não é violando garantias fundamentais que se conseguirá alcançar os tão importantes objetivos da comissão.

 

Matheus Falivene

Advogado criminalista. Mestre e doutor em Direito Penal pela USP.

 

0 Comentários

JOVEM PAN | ESPECIALISTAS CONTESTAM DECISÃO DE OMAR AZIZ EM PRENDER ROBERTO DIAS

JOVEM PAN | BOLSONARO PODERÁ SER INVESTIGADO POR PREVARICAÇÃO NA COMPRA DA COVAXIN

Scroll
Endereço
Rua Cel. Oscar Porto, n. 813,
conj. 13, Paraíso, São Paulo/SP,
CEP 04003-004
Contato
contato@faliveneadvogados.com.br
(11) 4175-0208
(11) 95348-2615 (WhatsApp)
Siga-nos
Matheus Falivene Sociedade Individual de Advocacia - OAB 25.367/SP - CNPJ 30.608.849/0001-03
Este site utiliza cookies para realização de análises estatísticas acerca de sua utilização. Não são coletados dados pessoais por meio de cookies. Política de Privacidade
OK
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre ativado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
CookieDuraçãoDescrição
cookielawinfo-checbox-analytics11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checbox-functional11 monthsThe cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checbox-others11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-necessary11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-performance11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy11 monthsThe cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytics
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Others
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.
SALVAR E ACEITAR