• HOME
  • O ESCRITÓRIO
  • EQUIPE
  • ATUAÇÃO
    • DIREITO PENAL
    • COLABORAÇÃO PREMIADA E ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL (ANPP)
    • COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL EM MATÉRIA PENAL
  • PUBLICAÇÕES
    • IMPRENSA
    • ARTIGOS
    • ACADÊMICAS
  • CONTATO
  • HOME
  • O ESCRITÓRIO
  • EQUIPE
  • ATUAÇÃO
    • DIREITO PENAL
    • COLABORAÇÃO PREMIADA E ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL (ANPP)
    • COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL EM MATÉRIA PENAL
  • PUBLICAÇÕES
    • IMPRENSA
    • ARTIGOS
    • ACADÊMICAS
  • CONTATO
Categorias
  • Acadêmicas
  • ACADÊMICAS
  • ARTIGOS
  • IMPRENSA

Como Escrever uma Boa Petição

Acesse nosso vídeo sobre o tema no YouTube.

 

O operador do direito deve utilizar uma linguagem escorreita, castiça, construindo seu texto fundamentado na boa comunicação. Para tanto, é importante estudar quais são as características da boa linguagem:

 

1) Correção: é a obediência à disciplina gramatical, com respeito às normas linguísticas. A correção deve ser conquistada com o uso da linguagem escorreita, livre de vícios, causando uma boa impressão.

 

Porém, o uso da linguagem correta não deve trazer o preciosismo, sendo necessário que se tenham simplicidade com propriedade.

 

2) Concisão: é a qualidade inerente à objetividade e à justeza de sentido ao redigir. É dizer muito em poucas palavras, evitando períodos extensos. A sobriedade no dizer, expondo o sentido retilíneo do pensamento, sem digressões desnecessárias e manifestações supérfluas, representa o ideal na exposição do pensar.

 

Dessa forma, a frase deve conter uma ideia principal e clara, que a norteie, em relação de causa-consequências, adição, comparação, etc., não se podendo servir como veículo de períodos extensos e pouco nítidos ao leitor.

 

Portanto, deve-se buscar transmitir o máximo de ideias com o mínimo de palavras, evitando a “enrolação”. A linguagem direta, sem rebuscamentos e excesso de adjetivações, comunica melhor.

 

Sempre releia o texto depois de pronto, eliminando palavras e digressões desnecessária. Além disso, evite o uso de artigos indefinidos (um, uma, etc.).

 

3) Clareza: é a limpidez de pensamento e a simplicidade de forma, opondo-se à obscuridade. A clareza se evidencia na exteriorização cristalina do pensar.

 

Obtém-se a clareza com auxílio da concisão, que, a ela associada, permite lastrear o texto com vocábulos inteligíveis ao leitor comum e com períodos curtos.

 

Para obtenção de clareza, é importante seguir essas dicas: a) use as palavras e expressões no seu sentido comum, salvo quando seja necessário empregar o seu sentido técnico; b) use frases curtas e concisas; c) construa orações na ordem direta, evitando preciosismo, neologismo e adjetivações dispensáveis; d) busque uniformidade no tempo verbal; e e) use a pontuação de forma correta, evitando abusos de caráter estilístico.

 

4) Precisão: refere-se à escolha do termo próprio, da palavra exata, do conhecimento do vocabulário. Na construção do texto, é fundamental colocar a palavra certa no local certa.

 

A expressão precisa é para quem escreve atingir o objetivo de comunicar exatamente o que pretende e evitar mal-entendidos. A prática constante da leitura e da escrita ajudam a desenvolver a precisão.

 

O primeiro grande erro é de precisão é o uso incorreto do vocabulário e, o segundo, o uso excessivo da expressão “sendo que”, que deve ser evitada, sendo substituída por “mas”, “contudo”, etc.

 

Para que haja precisão, é importante seguir essas dicas: a) articule a linguagem, técnica ou comum, de modo a ensejar perfeita compreensão do objetivo e permitir que seu texto evidencia com clareza o conteúdo e o alcance que se pretende dar; b) expressar a ideia, quando repetida no texto, por meio das mesma palavras, evitando-se o emprego de sinonímia com propósito meramente estilístico; c) evitar o emprego de expressão ou palavra que confira duplo sentido ao texto; d) escolher termos que tenham o mesmo sentido e significado na maior parte do território nacional, evitando-se o uso de expressões locais ou regionais; e) usar apenas siglas consagradas pelo uso (CF, CP, CPP, etc.); f) grafar por extenso quaisquer referências a números e percentuais, exceto datas, número de lei e nos casos em que houver prejuízo para a compreensão do texto; e g) indicar expressamente as remissões, evitando-se remissões indiretas (como, “conforme o anterior” ou “conforme o seguinte”).

 

5) Naturalidade: a escrita deve ser simples e espontânea, sem que se perceba o esforço da arte e a preocupação do estilo. Para se alcançar a naturalidade, deve-se evitar o artificialismo e a afetação, tornando a mensagem ininteligível.

 

6) Originalidade: é uma qualidade inata ao escritor, é o “ser você mesmo”, o estilo de cada um. Origina-se da visão de mundo de cada um, evitando-se que o estilo de escrita se torne pasteurizado, artificial.

 

7) Nobreza: a linguagem nobre é aquela que não é chula e torpe, que não macula a petição. Nesse ponto, não se pode admitir a presença no texto jurídico de palavrões e pornografia, salvo naquelas hipóteses em que é necessário e com o devido cuidado (v.g., crimes contra a honra, defesa de crimes contra a dignidade sexual, etc.).

 

No mesmo sentido, o uso de gírias deve ser evitado no discurso jurídico, salvo em situações particulares e justificadas.

 

8) Harmonia: a prosa harmônica prima pela adequada escolha e disposição dos vocábulos, pelos períodos não muito longos e ausência de cacofonias. A confecção cuidadosa dos períodos imprime ao texto o equilíbrio que permite uma leitura agradável.

 

Na busca por um texto harmônico, evite as cacofonias e a repetição vocabular, sendo a importante a utilização de dicionários e dicionários de sinônimos, sempre que necessário.

 

Matheus Herren Falivene de Sousa

Advogado criminalista sócio do escritório Falivene Advogados, mestre e doutor em Direito Penal pela Universidade de São Paulo (USP). Membro da Comissão de Direito Penal da OAB/SP.

 

Fonte da imagem: Pixabay.

 2

0 Comentários

Redação de Petições, Recursos e Arrazoados Forenses

Previous thumb

COMENTÁRIOS AO CRIME DE DESCUMPRIMENTO DE MEDIDA PROTETIVA DE URGÊNCIA (ART. 24-A DA LEI MARIA DA PENHA)

Next thumb
Scroll
Endereço
Rua Cel. Oscar Porto, n. 813,
conj. 13, Paraíso, São Paulo/SP,
CEP 04003-004
Contato
contato@faliveneadvogados.com.br
(11) 4175-0208
(11) 95348-2615 (WhatsApp)
Siga-nos
Matheus Falivene Sociedade Individual de Advocacia - OAB 25.367/SP - CNPJ 30.608.849/0001-03
Este site utiliza cookies para realização de análises estatísticas acerca de sua utilização. Não são coletados dados pessoais por meio de cookies. Política de Privacidade
OK
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre ativado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
CookieDuraçãoDescrição
cookielawinfo-checbox-analytics11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checbox-functional11 monthsThe cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checbox-others11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-necessary11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-performance11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy11 monthsThe cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytics
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Others
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.
SALVAR E ACEITAR